terça-feira, 11 de setembro de 2007

MOTIVOS BÁSICOS PARA INVESTIR EM UMA CONSULTORIA SAUDÁVEL

Afim de atender as diferentes realidades (municípios, escolas particulares, comunidades educacionais) com materiais didáticos de apoio, incentivando a promoção de alimentação saudável através de estratégias voltadas a vitalidade positiva do escolar, com diferentes objetivos específicos:
  • Planejar e orientar programas de alimentação escolar para utilização de alimentos saudáveis, com apoio e incentivo á projetos de hortas escolares, oficinas e vivências culinárias, manuais e concursos de receitas;
  • Avaliar, diagnosticar e orientar nutricionalmente os escolares;
  • Incentivar a promoção de modos de vida saudáveis às diferentes faixas, através de um projeto pontual de Educação Nutricional;
  • Capacitar nutricionistas, manipuladores de alimentos e funcionários;
  • Acompanhar, esclarecer e orientar especificações técnicas de alimentos para cardápios mais saudáveis;
  • Orientar a população alvo quanto a importância do uso integral dos alimentos, valorização e reconhecimento dos alimentos regionais brasileiros;
  • Incentivo à lactação infantil e orientação de introdução de alimentos nos diferentes estágios da vida.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

Comparando-se as prevalências de desnutrição e de obesidade entre crianças, observa-se que, em meados da década de 70, havia quatro vezes mais crianças desnutridas do que obesas. Mas nas últimas três décadas podemos verificar que esse quadro mudou e o número de crianças com obesidade no Brasil quase duplicou.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Guia para a população brasileira. Brasília-DF, 2005.

Em estudo realizado na Região Sudeste, foram observadas taxas de sobrepeso de 15,7% e de 18% de obesidade. Em outro estudo realizado na mesma região, foram encontradas prevalências de obesidade de 16,9% e de 14,3% entre meninos e meninas de escolas públicas, respectivamente. Em escolas particulares, as taxas de obesidade foram, respectivamente, de 29,8% em meninos e 20,3% em meninas.
COSTA R.F. et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da cidade de Santos, SP. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v. 50, n.1, p. 60-7, 2006.

Dentre os fatores determinantes da obesidade infantil podemos citar, além dos genéticos, os ambientais: excesso de ingestão de alimentos, redução de atividade física, nível socioeconômico, educação, desmame precoce, influência da mídia e dos amigos e compensação emocional.
KALLUF L.J.H. O papel da nutrição funcional na infância para a prevenção de doenças crônicas no adulto. Revista Nutrição, Saúde e Performance, ed. 30, p. 12-8, 2006.

Segundo a Portaria Interministerial n 1010/06, a alimentação no ambiente escolar pode e deve ter função pedagógica, devendo estar inserida no contexto curricular.
BRASIL. Portaria Interministerial n.1010, de 8 de maio de 2006.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

ARTIGOS CIENTÍFICOS

Neste tópico serão postados vários links de artigos científicos sobre alimentação saudável em crianças e adolescentes. Aproveitem:

Efeito protetor do aleitamento materno contra a obesidade infantil
http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a04.pdf

Alimentação e educação nutricional nas escolas e creches.
http://200.152.41.8/ascom/consea/Arquivos/Pdf/11-Alimentacao_Educacao.pdf

Obesidade na infância e adolescência - uma verdadeira epidemia.
http://www.scielo.br/pdf/abem/v47n2/a01v47n2.pdf

NOTÍCIAS

Aqui postaremos todas as notícias importantes sobre nutrição. Atualizem-se:

Coleta de dados de pesquisa nacional coordenada pela ASBRAN termina em mais de mil escolas do país. (www.asbran.com.br)

Mais de 1.100 escolas públicas e filantrópicas, atendidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, receberam entre abril e agosto deste ano a visita de entrevistadores da Pesquisa Nacional do Consumo Alimentar e Perfil Nutricional de Escolares, Modelos de Gestão e de Controle Social do PNAE, coordenada pela ASBRAN. O trabalho de coleta de dados foi concluído em campo no início de agosto, mas desde julho os questionários vêm sendo avaliados pela equipe de pesquisadores convidados e co- executores do projeto: Universidades Federais de Pernambuco e do Paraná, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) e a União Social Camiliana/Centro Universitário São Camilo.
Segundo Andrea Polo Galante, coordenadora do projeto, mais de 700 cidades foram visitadas. Entretanto, o estudo concentrou-se em 697 municípios, pouco mais do objetivo inicial, que era 690. O número total de escolas - 1116 - também ultrapassou a meta planejada que era de 1080.
"Desde o início, assumimos este grande desafio não só por tratar-se de um estudo pioneiro, mas também porque precisamos fazer valer um dos nossos próprios objetivos, parte do estatuto de nossa instituição, que é o de apoiar e realizar pesquisas, projetos, programas e divulgações do interesse da Alimentação e Nutrição", disse.
Segundo Andrea, a ASBRAN está cumprindo sua missão, saindo do papel para a prática. "Estar à frente desta pesquisa que exige um trabalho imenso e esforço conjunto é uma vitória e, sem dúvida, marcará a memória da ASBRAN", completou Andrea.
Além de avaliar o programa nacional e o estado nutricional de escolares, a Pesquisa Nacional do Consumo Alimentar e Perfil Nutricional de Escolares, Modelos de Gestão e de Controle Social do PNAE vai apontar ainda aspectos que envolvem a estrutura física das escolas e a atuação dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs).
Os dados preliminares serão anunciados neste segundo semestre.

Reportagem do Jornal Folha de São Paulo. 27 março de 2007.
Pesquisa vai mapear a qualidade da merenda
Cláudia Collucci

Uma pesquisa nacional vai mapear a qualidade da merenda nas escolas públicas brasileiras e verificar como anda o estado nutricional dos alunos. O trabalho, inédito no país, começa no próximo dia 2, custará R$ 3 milhões e será financiado pelo governo federal.
A idéia é que o estudo avalie o Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), criado na década de 50, e aponte alternativas, se necessário, para adequar a merenda aos padrões recomendados hoje para reduzir as doenças ligadas à obesidade, cada vez mais freqüente entre crianças e adolescentes.
Há dois anos, uma pesquisa feita em São Paulo com 8.020 estudantes de 10 a 15 anos revelou que 16% estão na faixa de sobrepeso e 10% são obesos. O trabalho mostrou que a combinação entre a má alimentação e a pouca atividade física seria a principal causa de obesidade, que expõe crianças e adolescentes a problemas como hipertensão e diabetes tipo 2.
Nos próximos dois meses, serão entrevistados 21,6 mil estudantes do ensino fundamental de 690 municípios brasileiros. A pesquisa vai ouvir também merendeiras, professores e diretores de escolas federais, estaduais e municipais, públicas e filantrópicas.
De acordo com os organizadores do estudo, será realizada uma análise dos cardápios, da sua aceitabilidade pelos alunos e da adequação do consumo dos produtos em relação às necessidades nutricionais.

Estado nutricional
As crianças também vão passar por um diagnóstico do estado nutricional e será avaliado o aspecto da segurança alimentar -diz respeito ao controle do alimento, à infra-estrutura e às condições higiênicas do local de produção e a distribuição dos alimentos escolares.
"É importante avaliar o programa de alimentação escolar e se as recomendações nutricionais estão sendo cumpridas, com cardápios equilibrados em energia, proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais, bem como o estado nutricional desses escolares", disse a presidente da Asbran (Associação Brasileira de Nutrição), a professora Andrea Polo Galante, que vai coordenar a pesquisa.
Financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o projeto envolve ações de várias instituições, como os ministérios de Ciência e Tecnologia, da Educação e da Saúde, o Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), o Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) e universidades.
O Pnae é o maior e mais antigo programa de alimentação e nutrição do Brasil, mas nunca passou por uma avaliação. Seus recursos são repassados diretamente aos Estados, Distrito Federal e municípios. Em 2005, os investimentos atingiram cerca de R$ 1,3 bilhão.